Participei de um evento maravilhoso!!
WORKSHOP
"EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NAS ESCOLAS: PERSPECTIVAS E A BUSCA DA CONSTRUÇÃO DA
PAZ"
O Prof. Dr.
Francisco José Montório Sobral (Reitor do Instituto Federal Catarinense) disse
que "vivemos uma crise pela falta de previsibilidade, a falta de segurança
pessoal gera insegurança. Há uma desvalorização de tudo".
E aqui eu digo que
precisamos repensar a forma como estamos vivendo e ensinando nossos alunos e
filhos a viver.
Dr.ª Kátia Rosana
Pretti Armange (Ministério Público Estadual/Promotora de Justiça da Infância e
Juventude -Blumenau) falou que EDUCAÇÃO
É DAR LIMITES! (é necessário
que esteja em letras garrafais para que todos vejam).
Comentou sobre a
legislação, que garante a permanência das crianças (ditos problemas) na escola;
e eu digo que precisamos aprender a conviver com as pessoas.
Uma questão que a
Dr.ª Kátia colocou: “Talvez nunca tenhamos nos perguntado o que a escola é para
a criança”, penso que é a criança que precisa responder essa pergunta e até me
incluo nesse questionamento O QUE A ESCOLA É PARA MIM?
Srº George Luís
Bonifácio de Sousa (Associação Nacional de Conselhos Tutelares) comentou sobre
os conflitos, precisamos mudar a forma de lidar com eles.
Maira Marchi
(Psicóloga Policial), entre tudo o que falou me chamou a atenção sobre o modelo
de obediência tirana, que é o que a maioria está acostumada, pois se for
boazinha não respeitam.
Concluo que
obediência por medo da punição não é obediência, é escravidão.
Sobre os
conflitos, devemos ter um olhar aguçado, pois para nós os motivos apresentados
são banais, mas sempre há algo camuflado.
Discorreu sobre a
mediação em meio a um conflito, como proceder, e aqui a escola precisa muito
auxílio, pois é onde mais praticamos a mediação.
Dr.º Theophilos
Rifiotis (Professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de
Santa Catarina) comentou que violência é indignação, precisamos atuar sobre as
razões da nossa indignação. Violência é tudo o que é contrário ao que eu
acredito; diz mais, a "violência tem se tornado tão familiar que parece
desnecessário definí-la".
Com muita
propriedade comentou que todos somos contra a violência, há a necessidade de um
outro olhar, pensar e agir diferente.
"A mídia é a
naturalização e homogeneização da opinião pública. A mídia não é espelho do
real."
“Precisamos
desenvolver a capacidade de criar e gerenciar espaços sociais que efetivamente ampliam
a participação e o exercício da democracia”.
Dr.ª Miriam Abramovay (Professora da
Universidade Católica de Brasília, vice-coordenadora do Observatório de
Violências nas Escolas) entre algumas falas segue:
“A escola é tratada como um espaço
fechado, uma espécie de oásis de tranqüilidade e razão.”
“A resistência da escola em admitir novos
tipos de relações sociais muitas vezes leva à dificuldade de comunicação e a
conflitos.”
“Os alunos algumas vezes são vistos como
os novos bárbaros que ameaçam a ordem social.”
“O conceito de violência refere-se não
apenas aos danos físicos que podem levar à morte, mas também ao conjunto de
restrições que impedem o gozo dos direitos essenciais.”
Enfim, é importante que estejamos revendo
alguns conceitos, pois trabalhamos com pessoas, seres vivos, que mudam (e como mudam)
a todo instante, as tecnologias nos transformam ( às vezes me sinto meio
mutante), o meio nos molda..... precisamos nos adaptar a essa nova realidade.
Foi maravilhoso participar desse evento,
ouvir cada uma das autoridades, mas principalmente ouvir a muitas pessoas que
compartilharam nos bastidores de suas vivências com situações diversas.
Até o próximo!!!!