terça-feira, 20 de novembro de 2012


Participei de um evento maravilhoso!!
WORKSHOP "EDUCAÇÃO E SEGURANÇA NAS ESCOLAS: PERSPECTIVAS E A BUSCA DA CONSTRUÇÃO DA PAZ"

O Prof. Dr. Francisco José Montório Sobral (Reitor do Instituto Federal Catarinense) disse que "vivemos uma crise pela falta de previsibilidade, a falta de segurança pessoal gera insegurança. Há uma desvalorização de tudo".

E aqui eu digo que precisamos repensar a forma como estamos vivendo e ensinando nossos alunos e filhos a viver.

Dr.ª Kátia Rosana Pretti Armange (Ministério Público Estadual/Promotora de Justiça da Infância e Juventude  -Blumenau) falou que EDUCAÇÃO É DAR LIMITES! (é necessário que esteja em letras garrafais para que todos vejam).
Comentou sobre a legislação, que garante a permanência das crianças (ditos problemas) na escola; e eu digo que precisamos aprender a conviver com as pessoas.
Uma questão que a Dr.ª Kátia colocou: “Talvez nunca tenhamos nos perguntado o que a escola é para a criança”, penso que é a criança que precisa responder essa pergunta e até me incluo nesse questionamento O QUE A ESCOLA É PARA MIM?

Srº George Luís Bonifácio de Sousa (Associação Nacional de Conselhos Tutelares) comentou sobre os conflitos, precisamos mudar a forma de lidar com eles.

Maira Marchi (Psicóloga Policial), entre tudo o que falou me chamou a atenção sobre o modelo de obediência tirana, que é o que a maioria está acostumada, pois se for boazinha não respeitam.

Concluo que obediência por medo da punição não é obediência, é escravidão.
Sobre os conflitos, devemos ter um olhar aguçado, pois para nós os motivos apresentados são banais, mas sempre há algo camuflado.
Discorreu sobre a mediação em meio a um conflito, como proceder, e aqui a escola precisa muito auxílio, pois é onde mais praticamos a mediação.

Dr.º Theophilos Rifiotis (Professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina) comentou que violência é indignação, precisamos atuar sobre as razões da nossa indignação. Violência é tudo o que é contrário ao que eu acredito; diz mais, a "violência tem se tornado tão familiar que parece desnecessário definí-la".
Com muita propriedade comentou que todos somos contra a violência, há a necessidade de um outro olhar, pensar e agir diferente.

"A mídia é a naturalização e homogeneização da opinião pública. A mídia não é espelho do real."
“Precisamos desenvolver a capacidade de criar e gerenciar espaços sociais que efetivamente ampliam a participação e o exercício da democracia”.

Dr.ª Miriam Abramovay (Professora da Universidade Católica de Brasília, vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas) entre algumas falas segue:

“A escola é tratada como um espaço fechado, uma espécie de oásis de tranqüilidade e razão.”

“A resistência da escola em admitir novos tipos de relações sociais muitas vezes leva à dificuldade de comunicação e a conflitos.”

“Os alunos algumas vezes são vistos como os novos bárbaros que ameaçam a ordem social.”

“O conceito de violência refere-se não apenas aos danos físicos que podem levar à morte, mas também ao conjunto de restrições que impedem o gozo dos direitos essenciais.”

Enfim, é importante que estejamos revendo alguns conceitos, pois trabalhamos com pessoas, seres vivos, que mudam (e como mudam) a todo instante, as tecnologias nos transformam ( às vezes me sinto meio mutante), o meio nos molda..... precisamos nos adaptar a essa nova realidade.

Foi maravilhoso participar desse evento, ouvir cada uma das autoridades, mas principalmente ouvir a muitas pessoas que compartilharam nos bastidores de suas vivências com situações diversas.
Até o próximo!!!!